Frota própria ou agregados: como escolher?

Frota Própria

Frota própria ou agregados: como escolher?

Frota Própria ou agregados? Confira a resposta para a pergunta desse artigo em vídeo:

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Introdução

Normalmente é uma dúvida muito grande para quem trabalha com transportes definir se é melhor investir em uma frota própria ou trabalhar com agregados. Para quem não sabe, agregado é o nome popular para terceirização de transportes, ou seja, quando se contrata um autônomo que possui um veículo para entregas, e até mesmo no caso de empresas que possuem mais de um veículo.

Para começar, quando uma empresa opta por entregar os seus produtos, ela tem 4 modelos para escolher.

O primeiro modelo é quando a empresa adquire todos os veículos de entrega, contrata os motoristas e ajudantes e monta literalmente uma equipe de entrega dentro de casa. O segundo modelo, seria quando existe a contratação de agregados para realizarem as entregas. Já o terceiro tipo seria um modelo híbrido, com uma parte frota própria e uma parte de agregados. O quarto modelo seria a contratar uma transportadora regular de transportes.

No artigo de hoje, vamos discutir sobre os três primeiros modelos, frota própria, agregados ou híbrido. Se você tem interesse em saber mais sobre o quarto modelo, me diz aqui nos comentários, que posso fazer um artigo comentando sobre o que devemos avaliar na hora de escolher uma transportadora.

Modelos de frota de transporte

Voltando aos três modelos, a primeira coisa que vamos esclarecer é, não existe certo ou errado, tudo vai depender da estratégia da empresa e de como a empresa vai decidir abordar essa parte do serviço.

  • Frota Própria. Quando você compra os veículos e contrata os motoristas, consegue ter um controle muito maior sobre o serviço prestado. Carga horária de trabalho, padronização de atendimento, treinamento da equipe no manuseio dos produtos, utilização de uniformes pelos motoristas e ajudantes, rastreamento de veículos e roteirização. Por outro lado, é necessário um grande investimento inicial na compra dos veículos que serão utilizados, além de preocupar-se em investir na manutenção preventiva dos veículos, para que eles fiquem a maior parte do tempo disponíveis para a operação. Na parte de pessoal, é preciso contratar a equipe de entrega (motoristas e ajudantes), manter o time motivado, preocupar-se com horas extras, folgas, férias, atestados, e toda essa parte de gestão de pessoas.
  • Agregados. A principal vantagem da utilização desse modelo é a possibilidade de aumentar ou reduzir mais rapidamente a operação, por meio da contratação de mais veículos ou da solicitação para que eles não trabalhem. É claro que esse flexibilidade, pode dificultar conseguir veículos em dias de pico, pois aqueles que forem dispensados nos dias piores, podem arrumar outro local de trabalho e acabarem ficando fixos por lá. Uma outra vantagem é a possibilidade do pagamento por entrega, o que aumenta a eficiência de entrega de cada veículo. Quer saber como calcular a eficiência de entrega, temos vídeo aqui no canal ensinando, link na descrição. O agregado ele vai ter interesse em entregar mais pedidos para poder receber um valor maior a cada dia de trabalho. Isso também pode fazer com que ele tenha uma disposição maior para trabalhar nos dias de feriados e fins de semana. Por outro lado, perde-se um pouco do controle da operação, a empresa não pode exercer um controle tão grande no serviço prestado, porque o agregado é um terceirizado, e não tem vínculo direto. De qualquer forma, é importante que se estabeleçam os parâmetros exigidos em contrato, podendo ser motivo de encerramento do trabalho caso aqueles padrões não estejam sendo atendidos.
  • Híbrido. Muitas empresas utilizam o modelo híbrido, com uma parte de frota própria e outra com agregados. Esse modelo permite você ter uma base de entregadores “da casa” para aqueles trabalhos que são regulares e a contratação de agregados para momentos de picos de demanda. Uma outra diferenciação é a utilização da frota própria para as entregas mais complicadas e complexas, e deixar os agregados trabalhando nas mais fáceis, para gerar a produtividade para eles.

Um exemplo clássico disso são as entregas nos centros de distribuição de grandes varejistas, mesmo com horário marcado, as vezes o veículo pode demorar dias para ser recebido. Com uma frota própria você pode deixar o veículo lá, e ir trocando o motorista a cada turno de trabalho, para não sobrecarregar ninguém. Já os agregados tendem a torcer o nariz para entregas nesses locais, por saber que podem ter que esperar muito tempo para serem atendidos, e com isso reduzir as possibilidades de ganho com entregas.

Uma boa divisão é deixar o B2C para os agregados e o B2B para a frota própria. Não sabe a diferença de B2B e B2C? Também temos um artigo aqui no canal explicando essa diferença. Clique aqui para conferir.

Como escolher?

A escolha entre os modelos, depende da estratégia da empresa, na maioria das vezes, pensando em custo, o modelo de agregados tende a ser melhor. Por outro lado, pensando em qualidade de atendimento o modelo de frota própria oferece um melhor controle nesse quesito. Por isso muitas empresas adotam o híbrido, para poder mesclar as vantagens dos dois modelos.

E para finalizar, essa decisão estratégica, nos mostra mais uma vez como os profissionais de logística são importantes em uma empresa. A firma que enxerga a logística como parte estratégica de seu negócio tende a ter um sucesso maior no longo prazo.

E então pessoal, me diz aqui nos comentários o que você achou desse artigo, esclareceu a dúvida? Qual o melhor modelo para você?